Milei anuncia ministro, fala em privatizar petrolífera e TV pública e confirma que fechará Banco Central
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, afirmou que privatizará a empresa estatal de petróleo YPF , as empresas públicas de comunicação do país e confirmou que pretende levar a cabo sua promessa de campanha de fechar o Banco Central, em seus primeiros anúncios sobre o futuro do governo após a vitória nas urnas de domingo. Em uma série de entrevistas a rádios argentinas, Milei garantiu que "o que puder" ficar nas mãos do setor privado ficará, e começou a desenhar o futuro gabinete de governo.
As primeiras empresas públicas mencionadas por Milei como alvos de privatização foram a YPF, empresa estatal de exploração e refino de petróleo e gás natural, e a TV Pública. Quanto à petrolífera, nacionalizada em 2012 durante o mandato presidencial de Cristina Kirchner, o presidente eleito afirmou que seria preciso "reconstruí-la" e recuperar seu valor, após o que classificou como anos de deterioração.
“Na transição que estamos pensando na questão energética, a YPF e a Enarsa têm um papel. Desde que essas estruturas sejam racionalizadas, elas serão colocadas para criar valor para que possam ser vendidas de uma forma muito benéfica para os argentinos”, disse Milei.
Em uma nota para a Radio Mitre, o presidente eleito também criticou a TV Pública argentina e revelou que pretende privatizá-la. Milei ainda acusou a emissora de ter se transformado em um "mecanismo de propaganda" durante o governo peronista.
Milei também antecipou um pouco do que deve ser o seu gabinete quando assumir em dezembro. De acordo com o presidente eleito, a organização do Executivo nacional terá apenas oito ministérios. O ultraliberal também anunciou o advogado criminal Mariano Cúneo Libarona como ministro da Justiça, e Carolina Píparo, como chefe da Administração Nacional da Seguridade Social (Anses).
Com informações do Jornal O Globo